Minha história com Alvorada começa há mais de trinta e cinco anos, quando minha mãe vinda do interior, conseguiu aqui contrato como professora. Moradora de Porto Alegre, eu encantava-me com as histórias que ela contava da cidade e sempre que podia participava das atividades escolares.
Depois de formada, elegi Alvorada para trabalhar pelas raízes que sempre me ligaram a esta terra, mas com tristeza percebia o preconceito que moradores ou trabalhadores da cidade são vítimas, apenas pelo fato de dizerem que moram ou trabalham em Alvorada.
Mas não é só de fora que vem o problema.
Por vários anos trabalhei com alunos do 4º ano (3ª série) e sempre que começava a falar sobre Alvorada e seus pontos turísticos, recebia risos e perguntas como “Alvorada tem pontos turísticos?”. Desenvolvia meu trabalho voltado a resgatar esta questão e mostrar para todos como nossa cidade é linda.
Hoje, como professora de 5º ano, e fundamentando minhas práticas pedagógicas para a proposta de Freinet, onde as aulas-passeio são fundamentais para o aprendizado do aluno, entendo que não tem sentido mostrar a história e as origens das outras cidades se não conhecermos a nossa.
Quero que meu aluno sinta-se orgulhoso de ser alvoradense e acredito que o preconceito é fruto da ignorância. Só fala “mal” de Alvorada quem não conhece.
Pensando em tudo isso, idealizei este projeto: “EU AMO MUITO ALVORADA”, que tem o claro objetivo de resgatar aspectos históricos da cidade, seus pontos turísticos e acima de tudo a autoestima da criança alvoradense e por consequência de toda sua população.
Para isso, além do que é desenvolvido em sala de aula está sendo feito todo um processo de divulgação no meu blog e nos jornais da cidade. Quero que meu aluno fique orgulhoso de se ver, de ver o seu trabalho divulgado, de levar para casa e poder mostrar para seus pais e familiares.
Quem conhece, cuida, preserva... É a nova geração de Alvorada aprendendo a amar a sua terra.
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